terça-feira, 30 de janeiro de 2018

HIPERTENSÃO


A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias, quando essa força está aumentada, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue sendo denominada Hipertensão Arterial. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

Os fatores de risco para Hipertensão Arterial são:

· Hábitos alimentares irregulares com elevado consumo de sal e produtos industrializados;
· Sobrepeso e obesidade que aceleraram em até 10 anos o aparecimento da hipertensão;
· Tabagismo;
· Hereditariedade: quem tem o pai ou a mãe com hipertensão tem 30% de chances de se tornar hipertenso. Se a herança é bilateral, o risco da hipertensão aumenta para até 50%. Neste caso, quem é filho de hipertensos deve fazer avaliações médicas periódicas;
· Diabetes;
· Envelhecimento.

Quando a pressão está em 12 por 8 ou menos, tudo funciona bem, mas quando a pressão está continuamente aumentada, alguns órgãos importantes como o coração, o cérebro, os rins, os olhos e as próprias artérias, entre outros, sofrem maior desgaste e podem surgir doenças. Quando a pressão está acima de 14 por 9, os médicos diagnosticam a hipertensão arterial. Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são chamados de pré-hipertensão ou pressão limítrofe, já requerendo cuidados como controle do peso e do estresse, redução do sal na alimentação, abandono do sedentarismo e, em muitos casos, uso de medicamentos.

A maioria dos hipertensos não apresenta qualquer sintoma ou sinal referente à hipertensão. Sintomas como dor de cabeça, dor na nuca, enjoos, tonturas e falta de ar podem estar associados à hipertensão, mas não são específicos da doença. Muitas vezes, os sintomas surgem quando a hipertensão já causou danos aos órgãos. Por isso, é importante fazer check up regularmente e tratar a hipertensão mesmo sem sintomas.

O exercício físico faz parte do tratamento da hipertensão. Os melhores exercícios são os aeróbios como caminhados, corridas, ciclismo ou natação. A intensidade do treinamento deve ser orientada individualmente. O importante é acumular pelo menos 30 minutos de exercícios ao dia.

As adequações do estilo de vida são tão importantes quanto o uso de medicações. Embora, seja difícil modificar hábitos de vida, uma cuidadosa atenção às recomendações de reduzir o consumo diário de sal na alimentação, abandonar o sedentarismo, realizar atividades físicas programadas, o alcance do peso ideal e a adoção de uma alimentação equilibrada podem ser fundamentais. Dietas com maior consumo de vegetais e ricas em potássio, magnésio e cálcio, não são difíceis de serem seguidas. Elas reduzem significativamente a pressão e atenuam ou eliminam a necessidade de medicamentos.

A Hipertensão Arterial aumenta as chances de ocorrência de infarto do coração, Acidente Vascular Cerebral, Insuficiência Cardíaca e Renal, Impotência Sexual, além de outras complicações que alteram significantemente a qualidade de vida. Além disso, um hipertenso que não se trata tem, segundo a Organização Mundial de Saúde, uma redução na expectativa de vida de até 16,5 anos. O tratamento previne as complicações da doença, mas é importante que o tratamento seja feito de forma contínua, sem interrupções. Também é importante a realização de consultas médicas periódicas, pois podem ser necessários ajustes na medicação.

Fonte: http://tribunadejundiai.com.br/saude/56-saude-publica/6613-26-de-abril-dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-hipertensao-arterial.html

sábado, 20 de janeiro de 2018

CONTEÚDO 1º ANO - 1º BIMESTRE

1º ANO

  •  Conceito de atividade física e aptidão física

Com uma frequência cada vez maior damos conta que surgiram novas expressões no vocabulário dos professores. Não são tão novas assim, estão na mídia, na fala de alguns médicos, agentes de saúde e até mesmo na escola: atividade física, saúde, qualidade de vida. Mas afinal, o que significam e qual a relação que existe entre elas?

ATIVIDADE FÍSICA: É toda a movimentação produzida pela musculatura esquelética com gasto expandido de energia, como nas atividades domésticas, laborais e de lazer, exercícios e esportes.

EXERCÍCIO FÍSICO: É uma atividade física previamente planejada, orientada e proposta para a manutenção ou melhora dos componentes da aptidão física relacionada a saúde (resistência aeróbia, resistência anaeróbia e força muscular, flexibilidade e composição corporal), realizada repetidamente. Portanto, o exercício físico é uma subcategoria  da atividade física.

APTIDÃO FÍSICA: A aptidão física é um conceito que pode ser definido, dentro das áreas da atividade física e da saúde, com sendo a capacidade de se realizar trabalhos musculares de forma satisfatória.
Geralmente, a aptidão física relacionada a saúde compreende a resistência cardiorrespiratória, a força, a resistência muscular e a flexibilidade, capacidades físicas já abordadas neste blog.
A aptidão física é determinada e sofre interferência de uma série de fatores, dentre os quais se incluem o nível habitual de atividade física, a dieta, o estilo de vida o ambiente em que vivemos e a hereditariedade.
Tanto a prática regular de atividades físicas quanto o sedentarismo (inatividade física) podem provocar adaptações (positivas ou negativas) no organismo das pessoas.

SAÚDE: A saúde é uma condição humana que apresenta três dimensões: a física, a social e a psicológica. Há algum tempo, ter saúde significava não estar doente. Atualmente, a saúde positiva esta associada a capacidade de aproveitar, desfrutar a vida e enfrentar desafios. Não é mais somente a ausência de moléstias.


  • A importância da atividade física para uma vida saudável

O exercício físico é um poderoso remédio, melhora a qualidade de vida, diminui o risco de doenças do aparelho cardiorrespiratório e, consequentemente, minimiza a pressão arterial.

Exercitar o corpo também favorece aspectos emocionais, trazendo bem-estar, melhora da autoestima e aumento de energia para outras atividades.

Na questão estética, o fator principal é que, com a queima das calorias, o praticante pode perder peso (se combinado a uma alimentação saudável) e modelar sua musculatura, já que a massa corporal magra toma forma.

Do ponto de vista da mobilidade, a prática constante da atividade física melhora a flexibilidade, a postura e a resistência muscular, algo importante para as demais tarefas do cotidiano.

As atividades diárias também são consideradas atividades físicas, como limpar a casa, lavar o carro, praticar jardinagem ou levar o cachorro para passear. No entanto, o ideal é combinar exercícios aeróbios e anaeróbios.

Os exercícios aeróbicos são aqueles de maior duração e menor intensidade desenvolvendo a resistência, capacidade respiratória e o condicionamento físico, como por exemplo, caminhar, correr, pedalar, nadar, dançar. Já os anaeróbicos constituem movimentos de curta duração e de alta intensidade e, com isso, desenvolvem a força e a potência, como a musculação, ioga e pilates.

Todas as formas de recreação ou esporte, que mantenham o corpo em forma e mais forte são consideradas atividades físicas, cuja a prática constante e bem orientada, só geram benefícios.

De forma inversa, a inatividade física aumenta:

    O risco de diversas doenças;
    Predispõe o organismo ao acúmulo de gordura e à obesidade;
    Sensibilidade para os resfriados;
    Depressão, ansiedade e acúmulo do estresse;
    Osteoporose e dores nas articulações.

Por isso é importante reforçar que estar ativo fisicamente é um elemento chave para a longevidade, para uma vida mais feliz e saudável.
Fontes: www.fitnessfriends.com.br; www.portaleducaçao.com.br; www.emedix.com.br


  •  Imagem corporal e distúrbio de imagem

A imagem corporal é a percepção que uma pessoa tem do seu próprio corpo e os pensamentos e sentimentos que resultam desta percepção.

Esses sentimentos podem ser positivos, negativos ou ambos e são influenciados por fatores individuais e ambientais.

Também podemos pensar a imagem corporal como sendo a maneira como você se vê quando se olha no espelho ou quando você se imagine em sua mente.  Ela é a representação mental do nosso corpo, é a forma como vemos e pensamos o nosso corpo,  também é a forma como acreditamos que os outros nos vêem.

O que é imagem corporal

A sua imagem corporal é formada por uma combinação de fatores:

    O que você acredita ser sua própria aparência (incluindo suas memórias, suposições e generalizações).
    Como você se sente em relação ao seu corpo, incluindo a sua altura, forma e peso.
    Como você sente e controla o seu corpo enquanto você se move

E também por quatro aspectos:

    Como você vê o seu corpo é a sua imagem corporal perceptual. Isso nem sempre é uma representação correta de como você é na realidade. Por exemplo, uma pessoa pode perceber-se com sobrepeso quando elas são realmente abaixo do peso.

    A maneira como você se sente sobre o seu corpo é a sua imagem corporal afetiva. Isto está relacionado com a quantidade de satisfação ou insatisfação que você sente sobre a sua forma, peso e partes individuais do corpo.

    A maneira como você pensa sobre o seu corpo é a sua imagem corporal cognitiva. Isto pode levar a preocupação com a forma do corpo e peso. Por exemplo, algumas pessoas acreditam que elas vão se sentir melhor sobre si mesmo se elas forem mais magras ou musculosas.

    Comportamentos em que você se envolve como resultado da sua imagem corporal abrange a sua imagem corporal comportamental. Quando uma pessoa está insatisfeita com a forma como os outros a olham, ela pode se isolar porque se sente mal com sua aparência ou mesmo utilizar comportamentos destrutivos (por exemplo, exercício excessivo, dietas extremamente restritivas) como um meio para mudar a aparência.

Qual é a Relação entre um Distúrbio Alimentar e Imagem Corporal  ?

A preocupação com a imagem corporal e transtornos alimentares andam de “mãos dadas”. Muitas vezes é a insatisfação com a aparência que leva alguém a concluir que a perda de peso iria melhorar a sua imagem, e fazê-la  sentir-se melhor em relação a si mesma e seu corpo. Assim, fazer dietas restritivas e praticar  exercícios – muitas vezes de forma exagerada – são estratégias utilizadas. Estas estratégias aliadas a obsessão pela imagem servem como gatilho para o desenvolvimento de distúrbios alimentares como a anorexia, bulimia, e compulsão alimentar.

    Imagem corporal distorção da imagem nas mulheres

O que é Imagem Corporal Negativa ?

É a percepção distorcida de sua forma – você percebe partes do seu corpo, diferente de como elas realmente são.

    Você está convencido de que apenas outras pessoas são atraentes e que seu tamanho corporal ou forma é um sinal de fracasso pessoal.
    Pessoas com imagem corporal negativa têm uma maior probabilidade de desenvolver um transtorno alimentar e são mais propensas a sofrer de sentimentos de depressão, isolamento, baixa autoestima, e obsessões com a perda de peso.
    Você sente vergonha e ansiedade em relação ao seu corpo.
    Você se sente desconfortável e estranho em seu corpo.

O que causa a imagem corporal negativa ?

Quando uma pessoa tem pensamentos negativos e sentimentos sobre o seu próprio corpo, ela pode desenvolver uma insatisfação corporal. A insatisfação corporal é um processo interno, mas pode ser influenciado por vários fatores externos. Por exemplo, a família, amigos, conhecidos, os professores e os meios de comunicação têm um impacto sobre a forma como uma pessoa vê e sente sobre si mesma e sua aparência. Indivíduos  que vivem em ambientes onde a aparência “idealizada” é valorizada demasiadamente, ou aqueles que recebem feedback negativo sobre sua aparência têm um risco maior de apresentar uma insatisfação corporal.

Um dos colaboradores externos mais comuns para a insatisfação com o corpo é a mídia. Pessoas de todas as idades são bombardeadas com imagens através de TV, revistas, internet e publicidade. Estas imagens, muitas vezes promovem ideais da aparência irrealistas, inatingíveis e altamente estilizados que têm sido fabricados por estilistas, equipes de arte e manipulação digital e não podem ser alcançados na vida real. Aqueles que sentem que não estão à altura em comparação com estas imagens, podem experimentar insatisfação corporal intensa, que é prejudicial para o seu bem-estar psicológico e físico.

Os seguintes fatores tornam algumas pessoas mais propensas a desenvolver uma imagem corporal negativa do que outros:

    Idade – imagem corporal é frequentemente formada durante o final de infância e adolescência, mas a insatisfação corporal pode afetar pessoas de todas as idades e é tão prevalente na meia-idade, quanto na juventude e idade adulta nas mulheres.

    Sexo – as adolescentes são mais propensas a insatisfação corporal que os adolescentes do sexo masculino; no entanto, a taxa de insatisfação corporal em homens está se aproximando rapidamente da das mulheres.

    Baixa autoestima e / ou depressão

    Traços de personalidade – pessoas com tendências perfeccionistas, grandes empreendedores, pensadores do tipo rígido ( ‘preto e branco’, ‘tudo ou nada’), aqueles que internalizam ideais de beleza e aqueles que muitas vezes se comparam aos outros, correm um risco maior de desenvolverem insatisfação corporal.

    Bullying – pessoas que foram ou são ridicularizadas ou humilhadas por conta da sua aparência / peso, independentemente do tipo de corpo real, têm um risco maior de desenvolverem insatisfação corporal.

    Amigos e familiares que constantemente fazem dieta e/ou possuem e expressam uma preocupação excessiva em relação a imagem corporal  – pessoas que servem de “exemplo e modelo” como pais e amigos, e que expressam preocupações excessivas com a imagem corporal e perda de peso, podem aumentar a probabilidade de um indivíduo desenvolver a insatisfação corporal independentemente do tipo de corpo real.

    Tamanho do corpo – Em nossa sociedade extremamente ligada no peso e imagem, um tamanho corporal maior aumenta o risco de insatisfação corporal

O que é Imagem Corporal Positiva ?

    Uma verdadeira e clara percepção de sua forma – você consegue ver as várias partes do seu corpo como elas realmente são.
    Você aceita e aprecia a forma natural do seu corpo e você entende que a aparência física de uma pessoa diz muito pouco sobre seu caráter e valor.
    Você se sente orgulhosa e aceita seu biotipo e se recusa a gastar uma quantidade razoável de tempo se preocupando com comida, peso e calorias.
    Você se sente confortável e confiante em seu corpo.

O que é imagem corporal negativa e positiva

Por que é que a imagem corporal positiva é importante ?

A imagem corporal positiva ocorre quando uma pessoa é capaz de aceitar, apreciar e respeitar seu corpo. Ela é importante porque é um dos fatores de proteção que podem tornar uma pessoa mais resistente aos distúrbios alimentares. Na verdade, os programas mais eficazes de prevenção de transtorno alimentar usam uma abordagem de promoção da saúde, com foco na construção da imagem corporal positiva e autoestima, além de uma abordagem equilibrada para a nutrição e atividade física. Uma imagem positiva do corpo irá melhorar:

    Autoestima, que dita como uma pessoa se sente sobre si mesma, podendo influenciar todos os aspectos da vida, e contribuir para a felicidade e bem-estar.
    A auto aceitação, fazendo uma pessoa mais propensa a se sentir confortável e feliz com a maneira que as pessoas próximas a enxergam e menos propensa a sentir-se impactada tanto por imagens irreais nos meios de comunicação quanto pelas pressões sociais para se definir de determinada maneira.
    As perspectivas e comportamentos saudáveis. Já que é muito mais fácil levar um estilo de vida equilibrado, com atitudes e práticas relativas à alimentação e exercício quando você está em sintonia com  às necessidades do seu corpo.

Nós todos podemos ter nossos dias em que nos sentimos estranhos ou desconfortáveis em nossos corpos, mas a chave para desenvolver a imagem corporal positiva é reconhecer e respeitar a nossa forma natural e aprender a dominar os pensamentos e sentimentos negativos em relação ao corpo através de atitudes e afirmações positivas.


  • Jogos e brincadeiras

1-    Abaixar-se
Material: 3 bolas

Formação: crianças dispostas em 3 colunas. A frente de cada coluna a uma distância aproximadamente 1 metro do primeiro colocado, ficará o “capitão” de cada equipe. Este segurará a bola.

Desenvolvimento: a um sinal dado, o capitão atirará a bola ao primeiro de sua coluna que a devolverá e logo em seguida abaixará. O capitão jogará a bola para o segundo da coluna que agirá como o primeiro e assim sucessivamente. A última criança da coluna ao receber a bola gritará “viva”, marcando ponto para sua equipe.

2-    Gato e Rato
Tema: números e horas; integração.

Duração: 10 minutos.

Público: crianças, 8 pessoas.

Material: nenhum.

Imagem de um gato e de um rato, as crianças formam uma roda. Uma delas, o Rato, fica dentro da roda. Outra, o Gato fica fora da roda.

O Gato pergunta: "Seu Ratinho está?"
As crianças da roda respondem: "Não"
O Gato pergunta: "A que horas ele chega?"
As crianças respondem um horário a escolha.
As crianças começam a rodar e o Gato vai perguntando: "Que horas são?" e as crianças respondem: "Uma hora" - "Que horas são?" - "Duas Horas" e assim até chegar ao horário combinado.

As crianças na roda devem parar com os braços estendidos; o Gato passa a perseguir o Rato.
A brincadeira acaba quando o Gato pega o Rato. Para os bem pequenos é preferível que os que estão na roda fiquem parados até que o gato pegue o rato. Para crianças maiores as que estão na roda podem ajudar o rato a fugir ou atrapalhar o gato, sem desfazer o círculo.

Pode-se repetir a brincadeira algumas vezes, dando chance a quem quiser ser rato e gato. Procure parar a atividade antes que as crianças percam o interesse.

3-Coelhinho sai da toca
Tema: atenção; integração.

Duração: 10 minutos.

Público: crianças, mínimo 10 pessoas.

Material: nenhum.

Dividir as crianças em grupos de 3: duas ficam de mãos dadas, formando a toca e a terceira fica no meio representando o coelho. As "tocas" devem estar espalhadas pelo local da brincadeira.

Devem ficar duas ou mais crianças sem toca, no centro da área.

Quando tudo está pronto, alguém diz: "Coelhinho, sai da Toca!". E todos tem que mudar de toca.

As crianças que estão no centro têm que tentar ocupar as tocas que ficam vazias enquanto as demais procuram uma nova toca.

Quem ficar sem toca, vai para o centro e a brincadeira recomeça.
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=138


  •  Brincadeira como uma invenção humana

Brincar é uma invenção humana, “um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente”. (Coletivos de Autores, 1992).

Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. O que esta afirmação quer afirmar?


  • Jogos Pré Desportivos

Jogos pré-desportivos são adaptações de esportes tradicionais e recreativos com o intuito de desenvolver habilidades físicas e sociais específicas nos participantes.

Normalmente, os jogos pré-desportivos são destinados aos indivíduos que desejam se iniciar numa pratica desportiva. No entanto, antes de partir para o esporte, os jogos pré-desportivos servem como um treino dos movimentos básicos necessários para aquela modalidade esportiva.

Os jogos pré-desportivos também são importantes para aprimorar as habilidades sociais dos participantes, incentivando o trabalho em equipe, por exemplo.

Ao contrário dos jogos desportivos, que apresentam um conjunto de regras específicos, os jogos pré-desportivos são mais voltados para o caráter recreativo, com a flexibilidade de objetivos, regras, durabilidade, jogadores, entre outras características.

Saiba mais sobre o significado dos Jogos recreativos.
Exemplos de jogos pré-desportivos

Como dito, os jogos pré-desportivos são variações de jogos menores que ajudam a treinar as capacidades motoras, táticas e físicas dos participantes para determinado desporto.

Por exemplo, para praticar arremessos de Basquete, os participantes podem jogar o chamado “Basquete Baixo”, onde a cesta fica num nível mais baixo e de fácil acesso, mas que ajuda os jogadores a treinarem o posicionamento e modo de fazer as jogadas.

Ver também: significado dos Jogos Competitivos e dos Jogos Cooperativos.


  • Desvios comportamentais: Anorexia, Bulimia, Vigorexia, Esteroides e Anabolizantes.

Bulimia nervosa é uma disfunção alimentar. Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres. A pessoa bulímica, de acordo com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos auto induzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas.

A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulimíco não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais – uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar. Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta) É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de “orgias alimentares”, no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome. O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.

Os esteroides androgênicos, também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteroides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. Atualmente não são utilizados somente por atletas profissionais, mas também por pessoas que desejam uma melhor aparência estética, inclusive adolescentes. Os diferentes esteroides androgênicos anabólicos têm combinações variadas de propriedades androgênicas e anabólicas. Anabolismo é o processo metabólico que constrói moléculas maiores a partir de outras menores. Os esteroides anabólicos foram descobertos nos anos 1930 e têm sido usados desde então para inúmeros procedimentos médicos incluindo a estimulação do crescimento ósseo, apetite, puberdade e crescimento muscular. Podem também ser usados no tratamento de pacientes submetidos a grandes cirurgias ou que tenham sofrido acidentes sérios, situações que em geral acarretam um colapso de proteínas no corpo. O uso mais comum de esteroides anabólicos é para condições crônicas debilitantes, como o câncer e a AIDS. Os esteroides anabólicos podem produzir inúmeros efeitos fisiológicos incluindo efeitos de virilização, maior síntese proteica, massa muscular, força, apetite e crescimento ósseo. Os esteroides anabolizantes também têm sido associados a diversos efeitos colaterais quando forem administrados em doses excessivas, e esses efeitos incluem a elevação do colesterol (aumenta os níveis de LDL e diminui os de HDL), acne, pressão sanguínea elevada, hepatotoxicidade, e alterações na morfologia do ventrículo esquerdo do coração. Hoje os esteroides anabólicos são controversos por serem muito difundidos em diversos esportes e possuírem efeitos colaterais. Enquanto há diversos problemas de saúde associados com o uso excessivo de esteroides anabólicos, também há uma volumosa quantidade de propaganda, “ciência-lixo” e concepções errôneas da população sobre seu uso. Os esteroides anabólicos são controlados em alguns países incluindo os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Estes países possuem leis que controlam seu uso e distribuição.

A anorexia nervosa é uma disfunção alimentar, caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando em baixo peso corporal) e estresse físico. A anorexia nervosa é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. Uma pessoa com anorexia nervosa é chamada de anoréxica (português do Brasil) ou anorética (português de Portugal). Uma pessoa anoréxica pode ser também bulímica. A anorexia nervosa afeta primariamente adolescentes do sexo feminino e jovens mulheres do Hemisfério Ocidental, mas também afeta alguns rapazes. No caso dos jovens adolescentes de ambos os sexos, poderá estar ligada a problemas de autoimagem, dismorfia, dificuldade em ser aceito pelo grupo, ou em lidar com a sexualidade genital emergente, especialmente se houver um quadro neurótico (particularmente do tipo obsessivo-compulsivo) ou história de abuso sexual ou de bullying. A taxa de mortalidade da anorexia nervosa é de aproximadamente 10%, uma das maiores entre qualquer transtorno psicológico. A anorexia nervosa afeta muito mais pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), e do sexo feminino (95% dos casos ocorrem em mulheres). Tem sido enfatizada, em debates populares, a importância da mídia para o desenvolvimento de desordens como anorexia e bulimia, por alegadamente promover ela uma identificação da beleza com padrões físicos de magreza acentuada. Qualquer papel a ser exercido pela cultura de massa na promoção dessas desordens, no entanto, está ainda para ser demonstrado. Na busca da etiologia de perturbações da saúde mental, inclusive da anorexia nervosa, comumente são procuradas causas de ordem intrapsíquico, ambiental e genético.

O que é Vigorexia?Também conhecida como complexo de Adônis e Transtorno Dismórfico Muscular (TDM), a Vigorexia é caracterizada pela distorção da autoimagem e uma obsessão em ter um corpo muito musculoso. As pessoas que apresentam essa condição, estão constantemente insatisfeitos com a própria imagem, enxergando o corpo mais magro do que ele realmente é. Essa distorção leva a uma prática excessiva de atividades físicas e, muitas vezes, ao uso de anabolizantes.

O termo Transtorno Dismórfico Muscular é utilizado pela ciência para definir a condição, onde o Dismórfia significa a diferença entre como a pessoa realmente está e em como ela se enxerga. No caso da vigorexia, a pessoa sempre acredita que não está com músculos suficientes.

Alterações no comportamento e na rotina são comuns nos casos de Vigorexia. As pessoa passa horas se exercitando, muitas vezes abrindo mão de atividades sociais, trabalho, entre outros.

Quais suas características?

A vigorexia ainda não foi reconhecida como doença pelo órgão normativo: Manual estatístico de doenças mentais (DSM). Porém, algumas características podem ser observadas quando se trata da Vigorexia. São elas:

    Mais comum em Homens.

    Se caracteriza pela busca excessiva de músculos.

    As pessoas que sofrem da patologia, geralmente, têm vergonha do próprio corpo.

    Os vigoréxicos recorrem a outros meios, como anabolizantes e alimentação desregulada para acelerar o processo de hipertrofia.

    A consciência dos perigos da prática excessiva de atividade física e do uso de substâncias ilegais, não é capaz de impedir o impulso que eles sentem em relação a obtenção dos músculos.

Vigorexia

O que causa a vigorexia?
As causas que levam a vigorexia são várias, mas acredita-se que as principais causas sejam psicológicas. As causas estão ligadas a visão que pessoa tem de si mesmo, visão que não condiz com a realidade. Sabemos que hoje existe muita preocupação com a aparência, mas para que a vigorexia se apresente é preciso que aja uma grande insatisfação com o próprio corpo, o que leva a quadros de sofrimento e depressão.

Existem ainda pesquisadores que acreditam que a vigorexia pode estar ligada a um distúrbio genético ou desequilíbrio químico no cérebro.

Outro fator muito citado entre as causas da vigorexia é os padrões inacessíveis  de beleza e para o corpo que são impostos pela mídia e pela sociedade

Sintomas
    Distorção da própria imagem
    Preocupação excessiva com próprio corpo
    Recorrer a suplementos alimentares de forma exacerbada
    Atividades físicas em excesso e treinos extremos
     Recorrer a dietas muito rigorosas
    Abuso de anabolizantes
    Irritabilidade
    Depressão
    Insônia
    Impotência sexual

Tratamento
Assim como nos casos de outros distúrbios relacionados ao corpo e a imagem, geralmente as pessoas que têm vigorexia não sabem da sua condição, por tanto não procuram ajuda. Essa situação acaba dificultando o tratamento. E por isso a ajuda e dedicação da família e amigos são de extrema importância.

Tratamentos com base em terapia são muito utilizados nesses casos. Porém várias áreas devem ser trabalhadas durante o tratamento, uma vez que a patologia atingiu o indivíduo de diferentes formas. Para o tratamento é necessários suspender os uso dos suplementos alimentares, abolir o uso de anabolizantes, realizar uma reeducação alimentar, onde a pessoa irá aprender a se alimentar de forma equilibrada, seções de terapia, para que se possam entender os aspectos psicológicos que afetam a pessoa que apresenta essa condição e se necessário o uso de remédios para controlar o comportamento obsessivo e a ansiedade.

CONTEÚDO 2º ANO - 1º BIMESTRE


2º ANO




  • Hipertensão - Causas, Sintomas e Tratamentos.


A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. 

É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.

O que é Hipertensão?

Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.

Tipos

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos.

Estágio I: hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo que 160 por 100.
Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110.
Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.
Fatores de risco

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos.

Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles:


  • Fumo

  • Consumo de bebidas alcoólicas

  • Obesidade

  • Estresse

  • Grande consumo de sal

  • Níveis altos de colesterol

  • Falta de atividade física

  • Diabetes

  • Sono inadequado.


Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Isso porque com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença.

Sintomas de Hipertensão

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. 

Diagnóstico de Hipertensão

O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão. A forma mais comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.

Tratamento de Hipertensão

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão nem sempre significa o uso de medicamentos - mas se estes forem indicados, ela deve aderir ao tratamento e continuar a tomá-lo mesmo que esteja se sentindo bem. Mas mesmo para quem faz uso de medicação é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:

Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares.
Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos.
Praticar atividade física regular
Aproveitar momentos de lazer
Abandonar o fumo
Moderar o consumo de álcool
Evitar alimentos gordurosos
Controlar o diabetes e outras comorbidades.
Complicações possíveis

As principais complicações da hipertensão são AVC, por infarto agudo do miocárdio ou doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma atrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. É importante ressaltar que qualquer combinação de fatores de risco é sempre muito mais grave, pois o risco das comorbidades é multiplicado. Em média, uma pessoa com hipertensão que não controla o problema terá uma doença mais grave daqui a 15 anos.

Matéria publicada pelos site: Minha Vida



  • Musculação: Força e resistência muscular; hipertrofia muscular; exercícios aeróbicos e anaeróbicos.


Hipertrofia muscular

É o aumento na secção transversa do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes. Este aumento de massa muscular depende de vários fatores, como resposta individual ao treinamento, intensidade e duração do programa de treino.

Trabalho a ser feito: Repetições: de 6 a 12 repetições com carga entre 67% e 85% 1 RM (uma repetição máxima).

Séries por grupo muscular: maior que 3 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 1 a 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.

Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso menor que 1 minuto e 30 segundos.

Velocidade de execução dos exercícios: lenta. O tempo de tensão é um importante estímulo para ajudar no aumento da hipertrofia muscular.

Força muscular

É a capacidade de exercer força máxima para um dado movimento corporal. O aumento da força segue certo curso temporal. Uma maior parcela de contribuição para este aumento vem da adaptação neural (melhora da coordenação e eficiência do exercício), porém, com o passar do tempo, a contribuição do aumento de massa muscular se torna essencial, para o aumento de força.

Trabalho a ser feito: Repetições: inferiores a 6, com carga superior a 85% de 1RM. Isto significa cargas altíssimas, perto da máxima.

Séries por grupo muscular: maior que 4 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 2 a 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.

 Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso de em média 3 minutos.

 Velocidade de execução dos exercícios: lenta.

Potência muscular

É a combinação entre a velocidade e a força. Quanto maior a força ou a velocidade de execução, maior será a potência gerada. A potência muscular pode ser determinada com um único movimento (como nos levantamentos de peso) ou com uma série de movimentos aeróbios, com um grande número de movimentos repetitivos.

Trabalho a ser feito: Repetições: as repetições podem variar, mas geralmente são inferiores a 10, utilizando pesos altos ou moderados, entre 30% e 90% de 1RM, dependendo da modalidade escolhida.

 Séries por grupo muscular: maior que 4 séries.

Frequências semanal para o mesmo grupo muscular: de 2 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 48 a 72 horas.- Intervalo entre as séries e os exercícios: descanso maior que 3 minutos.

 Velocidade de execução dos exercícios: rápida.

Resistência muscular

É o tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício ou capacidade de manter a capacidade contrátil do músculo.

 Trabalho a ser feito: Repetições: de 15 a 50, com até 65% de 1RM ou seja com cargas leves e moderadas.

Séries por grupo muscular: de 2 a 3 séries.

Frequência semanal para o mesmo grupo muscular: de 3 dias por semana.

Intervalo entre as seções: de 24 a 48 horas.

Intervalo entre as séries e os exercícios: de 30 segundos a 2 minutos.

Velocidade de execução dos exercícios: moderada.

 A escolha dos treinos a serem trabalhados será feita a partir principalmente dos seus objetivos, levando em conta o seu nível de condicionamento físico e disponibilidade de tempo.


Exercícios Aeróbicos x Anaeróbicos

Arquivado em: Treino

Sempre que o assunto é musculação ou outra atividade física, ouvimos referência a exercícios aeróbicos e anaeróbicos. As atividades aeróbicas são as mais conhecidas de todos, até porque são famosas as academias de ginástica que se caracterizam principalmente pela queima de calorias. Enquanto isso, é na musculação que ouvimos falar dos exercícios anaeróbicos. Mas, o que significam esses dois termos e qual a diferença entre eles?

Antes de qualquer coisa precisamos salientar que tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos trazem muitos benefícios para a saúde. A diferença está relacionada ao tipo de metabolismo energético que é utilizado e a reação que cada um deles proporciona ao organismo. Sendo que ambos podem ser executados em intensidade leve, moderada e intensa.

Agora, vamos saber um pouco mais sobre cada um desses tipos de exercícios:

    Exercícios aeróbicos -> os exercícios aeróbicos se caracterizam pela exigência de uma grande quantidade de oxigênio, impondo uma respiração forte e constante. Normalmente são exercícios contínuos e de longa duração onde o tempo é mais importante do que a velocidade, movimentando vários grupos musculares ao mesmo tempo. São exemplos de atividades aeróbicas: caminhadas, ciclismo, corridas, natação, dança e muitas outras atividades que se caracterizam pela grande queima de calorias. Os principais benefícios dos exercícios aeróbicos são o emagrecimento, melhora do condicionamento físico, aumento da capacidade cardíaca e respiratória, fortalecimento do sistema cardiorrespiratório e aceleramento do metabolismo.

    Exercícios anaeróbicos -> os exercícios anaeróbicos utilizam uma fonte de energia independente do oxigênio e são realizados com uma respiração mais controlada para manter a força. Normalmente são exercícios de menor duração e que exigem um esforço concentrado. As atividades anaeróbicas se caracterizam pelo esforço intenso realizado por um grupo de músculos limitado, havendo a produção de ácido lático. Bons exemplos de exercícios anaeróbicos são os exercícios de musculação com pesos, as corridas de 100 metros rasos, saltos em altura e distância e o arremesso de peso. Os principais benefícios dos exercícios anaeróbicos são a tonificação dos músculos e a melhora do condicionamento físico de modo geral.

Como percebemos tanto os exercícios aeróbicos quanto os anaeróbicos trazem benefícios. Dessa forma, podemos considerar que a atividade física ideal é aquela que associa os dois tipos de exercícios.
 

  • Testes motores: Força, velocidade e agilidade.

 CAPACIDADE FÍSICA

DEFINIÇÃO: competência ou qualidade do indivíduo relacionada ao seu desempenho físico.
a) determinada principalmente pelos processos bioquímicos, fisiológicos e morfológicos do indivíduo;
b) geneticamente estabelecida e relativamente permanente e estável (MAGGIL, 2000 e SCHMIDT e WRISBERG, 2001)
Exemplos: força, resistência, velocidade, agilidade etc

2. RESISTÊNCIA:
“É a capacidade de resistir ao cansaço, isto é, executar pelo maior tempo possível uma atividade, sem diminuir a qualidade do trabalho.” (Barbanti, 1979)

2.1 Resistência aeróbia (aeróbica) – Habilidade de desempenhar numerosas repetições de uma atividade fatigante, que requer o uso considerável dos sistemas circulatório e respiratório. (Gallahue, 2001). É a capacidade de executar pelo maior tempo possível uma atividade obtendo energia pela via metabólica aeróbica (presença deO2)

2.2 Resistência anaeróbia (anaeróbica) – Capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou submáxima com insuficiente quantidade de oxigênio durante um período de tempo inferior a 3 minutos. (Lambert, 1987). É a capacidade de executar pelo maior tempo possível uma atividade com insuficiente quantidade de oxigênio (via glicolítica). (LAMBERT, 1987)

2.3 Fatores Determinantes da Resistência
a. AERÓBICA:
1) tipo de fibra muscular (capacidade oxidativa)
2) obtenção de O2 (mioglobina, sangue, capilarização, arteríolas, artérias, coração, pulmão, veia...)
3) reservas de energia (glicogênio, gordura...)
4) coordenação intra e inter-muscular

b. ANAERÓBICA:
1) mesma da aeróbica
2) tamponamento (substâncias alcalinas)

2.4 Desenvolvimento da Resistência
a. 1ª INFÂNCIA: sem pesquisa
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos (meninas 75% dos meninos)
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 13 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos.
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição dos valores relativos nas meninas devido ao aumento da massa gorda e do sedentarismo

3. VELOCIDADE: “É a capacidade de efetuar em um mínimo de tempo um determinado movimento.” (Lambert, 1987). Divide-se em acíclica (agilidade) e cíclica.

3.1 Fatores Determinantes da Velocidade
a. Volume (diâmetro) do músculo
b. Tipo de fibra
c. Coordenação intra e inter-muscular
d. Ciclo de encurtamento e estiramento do músculo

3.2 Desenvolvimento da Velocidade
a. 1ª INFÂNCIA: rápido crescimento devido à melhora da coordenação muscular. Valores semelhantes entre meninos e meninas
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos devido à transformação de fibras indefinidas em tipo II
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 13 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição nas meninas devido ao aumento da massa magra e aumento do sedentarismo
e. EFEITOS DO TREINAMENTO: ganhos devido à melhora da coordenação intramuscular e intermuscular

Frederich (1977), ao testar a velocidade de corrida de cinco grupos de crianças de 3 a 5 anos de idade na corrida de 20 jardas, encontrou melhora linear com a idade; no entanto, não encontrou diferenças relevantes entre os sexos.

Keogh (1965) apontou que, aos 6-7 anos, meninos e meninas têm velocidade de corrida semelhante; porém, no intervalo dos 8 aos 12 anos, os meninos superam as meninas.
A velocidade de movimento, em regra, melhora até aproximadamente a idade de 13 anos, tanto em meninos como em meninas. Após isso, todavia, as meninas tendem a estabilizar-se e às vezes regredir, enquanto que os meninos tendem a continuar melhorando esse índice nos anos da adolescência.

4. FLEXIBILIDADE: “É a capacidade de efetuar movimentos de grande amplitude articular. É medida em graus angulares, de uma forma ativa que mobiliza grupos musculares das articulações envolvidas, ou então de uma forma passiva que recorre a forças externas. Essas duas formas, combinadas ou não, são utilizadas para exercitar a flexibilidade.” (Lambert, 1987)

4.1 Flexibilidade estática – escala de movimento alcançado por um alongamento lento e firme.

4.2 Flexibilidade dinâmica – escala de movimento alcançado por um alongamento rápido.

4.3 Fatores Determinantes da Flexibilidade
a. Estrutura articular (óssea...)
b. Massa muscular (tônus, alongamento...)
c. Tendões, ligamentos, cápsulas e pele
d. Sexo

4.4 Desenvolvimento da Flexibilidade
a. 1ª INFÂNCIA: diminuição devido predominantemente à ossificação
b. INFÂNCIA: diminuição devido ao crescimento em geral
c. PUBERDADE: grande diminuição devido predominantemente ao aumento da massa muscular
d. PÓS-PUBERDADE: diminuição devido ao aumento da massa magra e do sedentarismo
e. EFEITOS DO TREINAMENTO: maiores ganhos devido à melhora do alongamento muscular e articular

Huppert e Sigerseth (1950): a flexibilidade dinâmica nos ombros, joelhos e articulação diminui com a idade (pesquisas com crianças de 6 a 12 anos).

Clarke (1975): a flexibilidade começa a declinar em meninos por volta dos 10 anos de idade, e em meninas por volta dos 12 anos.

O estudo de aptidão juvenil e infantil II (EUA, 1987) concluiu que as meninas são ligeiramente mais flexíveis do que os meninos.

A flexibilidade pode ser mantida ou até mesmo aumentada com a técnica apropriada e com certos equipamentos de treinamento. (Duda, 1986)

Micheli e Micheli (1985) relataram menos flexibilidade em meninos e meninas na explosão de crescimento pré-púbere. A razão para isso é que o crescimento ósseo precede o crescimento de tendões e de músculos.Como resultado, as unidades músculo-tendinosas contraem-se.

5. EQUILÍBRIO: “Estado em que todas as forças atuantes sobre o corpo se anulam, quer dizer, a resultante é igual a zero.” (Barbanti, 1979)
“Habilidade de manter o equilíbrio em relação à força da gravidade.” (Gallahue, 2001)

6. COORDENAÇÃO: “É uma função do sistema nervoso central e da musculatura esquelética exigida em uma sequência cinética dirigida.” (Hollman, 1980)

7. FORÇA: “É a capacidade de um músculo de contrair-se contra uma resistência e de manter contra essa resistência a tensão desejada.” (Hollmann, 1980)

7.1 Força máxima – É a maior força muscular possível que um atleta pode desenvolver, independente de seu peso corporal. (Barbanti apud Nett, 1979)

7.2 Força rápida (explosiva) (também conhecida como potência) – é a capacidade do sistema neuromuscular de dominar resistências com a mais alta velocidade de contração possível (WEINECK, 2005)

Frederich (1987) encontrou aumentos anuais significativos no salto vertical, no salto em distância e no arremesso, em crianças entre 3 e 5 anos de idade. Os meninos superaram o desempenho das meninas em todas as mensurações, em todas as faixas etárias. Os mesmos resultados, no arremesso, foram encontrados por Keogh (1965), em meninos e meninas entre 6 e 12 anos de idade.

7.3 Resistência de força – É a capacidade de resistência dos músculos ou grupos musculares contra o cansaço com repetidas contrações dos músculos, quer dizer, com trabalho de duração da força. (Barbanti, 1979). É a capacidade de resistir à fadiga da musculatura em desempenho de força de longa duração (WEINECK, 2005).

7.4 Fatores Determinantes Da Força

a. MÁXIMA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra-muscular
b. RÁPIDA: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e coordenação intra e inter-muscular e ciclo de encurtamento e estiramento do músculo
c. RESISTENTE: Volume (diâmetro) do músculo, tipo de fibra e metabolismo (obtenção de energia)

7.5 Desenvolvimento Da Força

a. 1ª INFÂNCIA: rápido crescimento devido ao aumento da massa magra, por hipertrofia e hiperplasia muscular. Valores semelhantes entre meninos e meninas.
b. INFÂNCIA: crescimento moderado, porém maior nos meninos devido à transformação de fibras indefinidas em tipo II
c. PUBERDADE: rápido crescimento nas meninas dos 09 aos 14 anos e nos meninos dos 11 aos 15 anos, devido ao aumento da massa muscular (hipertrofia). Valores bem maiores para os meninos.

7.6 Efeitos do Treinamento de Força em Crianças

a. As sérias preocupações dos pais, professores, treinadores e profissionais científicos são obscuras, por muitos conceitos falsos e por profissionais desinformados a respeito do treinamento de força, seus perigos e como ele pode ser adaptado para os jovens. (Hamil, 1994, Kraemer e Fleck, 1993)
b. É possível o treinamento de força para crianças, incluindo os pré-púberes ( Blimkie, 1989; Freedson, Ward e Rippe, 1990, Sale, 1989 ).
c. Aumento da densidade óssea e prevenção de lesões em jovens e atletas (Hejna et al, 1982)
d. Aumento do desempenho nos esportes
e. Formação da base de força para o desenvolvimento futuro


FUNCIONAMENTO / ALTERAÇÕES

Volume (diâmetro) do músculo / Pequeno aumento
Tipo de fibra / Aumento das tipo IICoordenação intra-muscular / Grande aumento
Coordenação inter-muscular / Grande aumentoCiclo de encurtamento e estiramento do músculo / Grande aumento
Metabolismo (obtenção de energia) / Grande aumento


8. FORÇA MUSCULAR

8.1 Força máxima
Clarke (1971) utilizou 18 diferentes testes com tensiômetro (indivíduos entre 7 e 17 anos)
- Meninos: melhora anual da força
- Meninas: após a idade de 12-13 anos diferenciam-se notavelmente dos meninos; porém estabilizam-se nessa idade, enquanto que os meninos continuam a ganhar força.
Na pré-escola os níveis são similares, com pequena vantagem para os meninos. Embora crescentes, os ganhos de força na infância não são lineares. Portanto, a estimativa dos níveis de força em anos posteriores, baseada em níveis atingidos na infância, oferece pouco em termos de previsão.

8.2 Resistência de força
Os principais testes são: abdominais, flexões de braços e flexões de braços na barra.
A resistência de força é treinável em crianças. Porém, em menor escala que em adultos (hormônios gh e testosterona x coordenação intramuscular)

8.3 Desempenho/Peso
Desempenho de crianças x adultos
- Meninos e meninas: melhora anual

Os níveis de resistência das crianças aproximam-se dos níveis dos adultos (e frequentemente os excedem) quando ajustados para o peso corporal.

8.4 Hipertrofia muscular
A maioria dos estudos não indicou aumento considerável da massa muscular
Técnicas impróprias e pressão excessiva apresentaram alta correlação com lesões nas placas de crescimento (Gunbs e convidados, 1982)

9. RESISTÊNCIA AERÓBIA

Ästrand (1952): VO2 máx. é 20% treinável e melhora em função da idade até cerca de 18-20 anos.
As mulheres possuem cerca de 75% da capacidade dos homens de consumir oxigênio
- Poucas pesquisas com crianças
- Pesquisas com pouca confiabilidade

Bailey e seus colegas estudaram 200 meninos canadenses por 10 anos, a partir de 7 anos de idade. Os resultados revelaram aumentos anuais de seu VO2 máx. VO2 máx. relacionado ao peso corporal e idade

Krahenbuhl e convidados (1985) notaram que o VO2 máx. relativo ao peso permanecia estável para os meninos, a cada ano, mas declinava para as meninas à medida em que elas avançavam na idade.

Cooper (1968) recomenda um VO2 máx. de 42 para adultos. Meninos mantêm sua margem de superioridade aeróbia em todas as idades.
- Crianças reagem aos protocolos de treinamento adulto?
- Pesquisas inconsistentes
- Melhora do tempo (pouca) mas sem alteração de VO2 máx. desenvolvimento menor que durante a puberdade e fase adulta (Katch, 1983)

Blair (1978) e outros lançaram a hipótese de que as crianças ativas tornam-se adultos ativos. Contudo, a atividade rigorosa somente na infância parece não ser a chave para padrões de atividades posteriores.
- Importância da resistência aeróbia para crianças em relação à saúde: não existem estudos científicos satisfatórios.
- A resistência aeróbia apresenta considerável melhora nos treinamentos de crianças

10. APTIDÃO MOTORA

Os fatores que influenciam mais acentuadamente a aptidão motora são:
- equilíbrio (estático e dinâmico)
- coordenação
- força
- agilidade
- velocidade

Os componentes da aptidão motora podem ser agrupados em fatores de controle motor e fatores de capacidades físicas.

A coordenação liga-se aos componentes da aptidão motora de equilíbrio, velocidade e agilidade. Porém, não está intimamente alinhada à força e à resistência.


11. COMPOSIÇÃO CORPORAL

Tendência secular para o aumento de gordura (padrões de atividade física x hábitos nutricionais)
Atletas x indivíduos normais
- Crianças obesas são menos ativas
- Hábitos de atividade física na vida são formados na infância
- Programas de redução de obesidade servem de meio valioso para diminuição de riscos à saúde
- Quantidade maior de gordura em meninas

Segundo Maud e Foster (1995), a composição corporal é classificada:
- Quimicamente
- Gordura
- Proteína
- Carboidrato
- Água
- Minerais

12. CRIANÇAS ATIVAS x CRIANÇAS INATIVAS

“Viver na cidade, morar em apartamento e desfrutar do onipresente aparelho de TV são fatores que têm criado estilos de vida sedentários para muitas crianças” (Duran apud Gallahue, 2001)

Definição incompleta de aptidão física
Definição incompleta de padrões ideais

13. DIFICULDADES DOS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA EM CRIANÇAS

a) Ser capaz de motivar suficientemente a criança para obter um desempenho máximo
b) Determinar precisamente se um esforço máximo foi atingido
c) Superar os receios dos pais ansiosos